Espinhos rutilantes findam nortes
no caule duma Flor
amada e bel.
Fagulhas dela soltam-se confortes
não há mais dor ou cor
nem doce ou fel.
Ó Flor Amada, desejei-me a morte!
Quando à fona de amor
deliu-me o céu.
"Quando nasce o amor, em si,
renasce, pois, nas coisas
e as cores são cirandas..."
Osvaldo Fernandes
segunda-feira, 24 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O Ser Que Um Dia Fui
O ser que um dia eu fui vagava nos ladrilhos
do fracasso, este chão calcado em pensamento.
Ora me questionava: “Que impele tormentos?”
Olvidaria, entanto, em preces de andarilho...
Passando pelo mundo alheio ao sentimento
deixando só o lamento azar o meu desbrilho...
Até que um dia pai, que em outro já foi filho,
fui, na forte impressão dum sublime momento!...
E enfim estar calcando o chão nunca sentido –
A Terra como é – no tempo prometido:
A paz e a aventurança – o Agora, o início e o fim.
Andei de encontro a vida e a acomodei nos braços
chorando, e ao vir o sol eu vi que neste laço
a sombra do que fui não mais viver de mim...
do fracasso, este chão calcado em pensamento.
Ora me questionava: “Que impele tormentos?”
Olvidaria, entanto, em preces de andarilho...
Passando pelo mundo alheio ao sentimento
deixando só o lamento azar o meu desbrilho...
Até que um dia pai, que em outro já foi filho,
fui, na forte impressão dum sublime momento!...
E enfim estar calcando o chão nunca sentido –
A Terra como é – no tempo prometido:
A paz e a aventurança – o Agora, o início e o fim.
Andei de encontro a vida e a acomodei nos braços
chorando, e ao vir o sol eu vi que neste laço
a sombra do que fui não mais viver de mim...
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