tag:blogger.com,1999:blog-13595975922820989982024-03-05T19:26:53.519-03:00Literossapiens!"Quando nasce o amor, em si,<br>
renasce, pois, nas coisas<br>
e as cores são cirandas..." <br>
<br><i>Osvaldo Fernandes</i>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.comBlogger250125tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-74169633752281890152017-06-02T11:12:00.000-03:002017-06-02T11:12:04.019-03:00Única Sorte<span style="font-family: segoe print;" >
Nos passos do relógio a sua vida:<br />
caminho circular de nada e morte!<br />
No tique - em cada taque - uma ferida<br />
fechando até abrir-se em novo corte.<br />
<br />
A vida é limitada! Não se importe,<br />
nem mesmo pense que, se permitida<br />
toda imortalidade à sua vida<br />
seria, enfim, desgostosa da morte!<br />
<br />
Mas estaria, à vida, apaixonada<br />
se procurasse por detrás dos nadas<br />
o tímido carinho que eu lhe dei!<br />
<br />
Diria então, a si mesma, quietinha:<br />
"- A única tal sorte que eu tinha<br />
graças a Deus, contigo é que eu gastei!"<br />
</span
>
Osvaldohttp://www.blogger.com/profile/10835886757019591851noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-50692205412389806712012-12-22T14:09:00.000-02:002012-12-22T14:13:09.069-02:00Peso da Luz<span style="font-family: segoe print;">Em meio ao apagão de algumas horas<br>
sinto a presença de um olhar macabro.<br>
Ouço um aiar fremir do candelabro<br>
e um medo me devora.<br>
<br>
Começo a mastigá-lo nas entranhas.<br>
Um suor indissolúvel, quente e rude<br>
como um lacrimejar em amiúde<br>
no corpo se amarfanha.<br>
<br>
A luz volta tinindo!<br>
Tudo em volta tem cheiro de terror;<br>
abro os olhos tão crente deste horror<br>
que até me esqueço que estive dormindo!<br>
<br>
Da luz (a consciência)...<br>
Revivo o pesadelo em cada cada:<br>
Sinto a presença de um olhar de nada,<br>
e toda escuridão é só ausência...<br>
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-85148590784756870332012-11-01T22:34:00.001-02:002012-11-01T22:34:09.769-02:00Na Capa do Incapaz<span style="font-family: segoe print;">
Há nada que me apraz. </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">Atrás, atrás, o breu, </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">a ausência, o ohm, o eu. </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">A capa do incapaz. </span><br />
<span style="font-family: segoe print;"><br /></span>
<span style="font-family: segoe print;"> O tênue da frequência — </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">um som que se não faz </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">de louco, doudo ou mais: </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">é doce ou de indolência. </span><br />
<span style="font-family: segoe print;"><br /></span>
<span style="font-family: segoe print;">Um barulho frequente e destoante </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">assoa pelas lutas do incapaz: </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">ouve-se uma esperança; ouve-se a paz,</span><br />
<span style="font-family: segoe print;">pra logo emudecer no mesmo instante. </span><br />
<span style="font-family: segoe print;"><br /></span>
<span style="font-family: segoe print;">E mudo, dou um tapa </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">na traseira do mundo! </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">Um som a me aprazer por um segundo </span><br />
<span style="font-family: segoe print;">pra noutro me esconder detrás da capa...
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-14048848222181141212012-06-14T23:57:00.001-03:002012-06-14T23:57:31.296-03:00Das Sensações<span style="font-family: 'segoe print';">
Descendo a escadaria desta igreja<br />
(pecado é cada dança da cintura)<br />
Olho esta moça pela vista impura<br />
e tudo é tão mais puro que cereja...<br />
<br />
E se estremece tudo ou sacoleja<br />
a quem vê nos teus passos tal loucura<br />
é porque a tua dança é esta doçura<br />
que, inconscientemente, se deseja...<br />
<br />
É de se apaixonar por uma foto<br />
enquanto dentro à inércia do teu rosto<br />
cismo dentro do cerne um terremoto!<br />
<br />
É de se colher cachos de cereja<br />
e tê-las instaladas no meu gosto<br />
enquanto cada sensação deseja...<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-5188647828366752082012-05-25T03:00:00.002-03:002012-05-26T08:50:26.779-03:00Da Natureza da Vida<span style="font-family: 'segoe print';">
É como noutra vida eu acordasse<br />
e se forçasse a vida a mais sentido.<br />
E se antes, combalido a cada impasse,<br />
não mais eu caminhasse adormecido.<br />
<br />
é como se ferido eu golpeasse<br />
a velha face do que hei conhecido<br />
e comovido eu me identificasse<br />
como interface entre a vida e o vivido.<br />
<br />
É como se acordasse noutro sonho<br />
e o mesmo se provasse mais risonho<br />
em um misto de medo e de estranheza.<br />
<br />
É como se tivessem num duelo<br />
o cosmos e o universo paralelo<br />
entranhados em minha natureza!<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-18067774668548218312012-04-27T01:18:00.004-03:002012-04-27T01:21:09.682-03:00Armário<span style="font-family: 'segoe print';">
Tenhas um armário. </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Reconstrói o manto de teus almejos. </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Reconstrói o vestido do amor. </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">(Reconstrói em ti, tu mesma.) </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';"><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Não destruas o outro manto.. </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">aquele das decepções, do passado </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">e das malévolas emoções. </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Põe este último na gaveta; </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">chama-o de experiência aprendida. </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';"><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Que seja gigante esse armário! </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">De muita experiência e poucas decepções! </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Utiliza-o quando quiseres. </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';"><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Mas quando a mim puderes vir, </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">venhas desajudada, </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">despida!... </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';"><br /><span style="font-family: 'segoe print';">Para que sejamos um só.
</span></span></span></span></span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-50438803448205078672012-04-10T00:32:00.000-03:002021-09-29T00:01:20.396-03:00Matéria In Poesia<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Baskerville Old Face';"></span>
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face';">Pensei hoje em obrar uma poesia</span>
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face';">Árdua missão!</span></span><br />
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face'; font-size: large;">Nenhum motivo, palavra, magia...</span><br />
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face'; font-size: large;">E nem mesmo do coração um sopro!...</span><br />
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face'; font-size: large;">verso sadio... nada nadica...</span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Baskerville Old Face';"><br /></span>
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face';">Mas não vejo problema:</span></span><br />
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face'; font-size: large;">meu dia-a-dia é mais do que palavra;</span><br />
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face'; font-size: large;">palavra linda, palavra feia, palavra séria.</span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Baskerville Old Face';"><br /></span>
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face';">Ai ai! Este poema!</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Baskerville Old Face';">Até tem poesia!</span>
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face';">E muito mais teria,</span></span><br />
<span style="font-family: 'Baskerville Old Face'; font-size: large;">caso fosse matéria...
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-80638677647139998182012-02-02T16:32:00.003-02:002012-02-02T16:33:22.711-02:00A Terapeuta<span style="font-family: 'segoe print';">Sentar na tua conversa aconchegante <br />
como se em terapia, num divã. <br />
Falar do que passou, do que há adiante <br />
e se curar do ontem.. do amanhã.<br />
<br />
Deitar no teu silêncio inebriante! <br />
Deixar-se ouvir estrelas da manhã! <br />
Teus olhos: despertar do eterno instante<br />
de todo um sentimento bon-vivant...<br />
<br />
E se desconversar, olhar de novo<br />
p'ra transformar-se em mero baba-ovo<br />
da feminilidade que tu exalas!<br />
<br />
E ter certeza, se encontrar-se triste<br />
voltar ao aconchego da tua fala<br />
pra ter certeza que A Mulher existe! </span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-90422468297823569392012-01-30T00:15:00.005-02:002012-01-30T00:17:55.618-02:00Platonismo<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">É que te quero assim, desbloqueada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">ilesa deste cárcere do achismo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">ciente da existência do heroísmo,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">dos príncipes, finais felizes, fadas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Te quero em voz, em riso, e mais: no cheiro!..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">chorando ou rindo, triste ou jubilante!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">E tanto faz se for num platonismo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">E tanto fez se foi por um instante!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">(Pois, de tudo
real que é prazenteiro,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">só pode ter-se
a preço de alma amante.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">É que do que
é fantástico ao talante <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">jamais se pode
obter pelo dinheiro...)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Dizem do amor platônico inverdades,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">chamam dos que assim amam de covardes,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">e mal se sabem mortos para o amor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Por isso, faz-te assim, desbloqueada,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">e deixa que te admire no silêncio!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Vem! Dá-me o riso excelso... <i>(se
presente)</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">e à mesma intensidade, dá-me o tenso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">e angustiante temor <i>(se, então...
ausente!...)</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Eu não vou te contar tudo que sinto!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">(e se
contasse saberei que minto:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">pois nada é
tão real como cá dentro!)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Talvez, um dia, contarei ao vento<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">(naqueles
dias em que carne é forte).<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Talvez em dia algum. Talvez na morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">Ou, quem sabe, não hei de contar nada!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">É que, se descobrires que és amada,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">meu coração, que sempre fora intenso,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">enquanto te encontravas bloqueada,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">pretender-te-ia mais que imaginada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">desejar-te-ia mais do que magia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">(e, quem
diria! Angustiado e hipertenso<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Segoe Print"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: BatangChe;">por ouvir tua
resposta, morreria!!!)<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<br />Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-85160304621100297752012-01-23T19:43:00.000-02:002012-01-23T19:43:10.720-02:00Resta Um Homem Morto<span style="font-family: 'segoe print';"> </span><br />
<hr /><span style="font-family: 'segoe print';"><div style="text-align: center;"><i>“De tanta inspiração e tanta vida que os nervos convulsivos inflamava </i></div><i><div style="text-align: center;"><i>E ardia sem conforto... </i></div><div style="text-align: center;"><i>O que resta? Uma sombra esvaecida, um triste que sem mãe agonizava... </i></div><div style="text-align: center;"><i>Resta um poeta morto!” </i></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i>(Álvares de Azevedo) </i></div></i> <hr /></span><div><br><span style="font-family: 'segoe print';">De cada toque na alma e de cada <br />
sentimento extremado de poeta <br />
que estoura às vezes... <br />
Eu faço versos que não dizem nada<br />
e tudo dizem, e a tudo completam <br />
meus mil talvezes!... <br />
<br />
Ora em dúvida, outrora em mero estalo, <br />
um verso conta o que de mim esqueço <br />
nas entrelinhas <br />
e como eu maldissesse a dor de um calo <br />
a ardência interior que desconheço <br />
se me adivinha <br />
<br />
nas ardências, as mais frias e estranhas! <br />
— estas angústias, estas dores, nestas <br />
vísceras novas <br />
que espiritualmente se emaranham — <br />
Que tenho dentro em mim?! A alma funesta, <br />
que um verso prova...<br />
</span></div>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-63415058145350337862012-01-23T10:18:00.000-02:002012-01-23T10:18:02.499-02:00Exaustão<span style="font-family: 'segoe print';">Exausto o dia,<br />
pois que a morte é esta manhã:<br />
as estrelas morrem<br />
e tudo é cor.<br />
<br />
Exaustos os meus olhos.<br />
Exausta a minha pele.<br />
Exausta a minha vida.<br />
<br />
Eis que descanso,<br />
apenas pra prolongar a noite.<br />
<br />
<span style="color: #999999;"> e ganho um sonho<br />
muitíssimo maior<br />
que o Universo... </span></span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-72821144314209323742012-01-23T10:14:00.001-02:002012-01-23T10:14:43.315-02:00Do Isolamento<span style="font-family: 'segoe print';">Julgam-me mal quando me julgam isolado: <br />
sou alheio a problemas assim. <br />
<br />
Saio pro planeta e um yorkshire late.<br />
Parece esganiçar uma maldade, <br />
feita por algum outro cão <br />
naquela hora<br />
em que, provavelmente,<br />
julgavam-me isolado. <br />
<br />
Mais a frente<br />
um copo franze as sobrancelhas. <br />
Aqueles olhos sujos e doridos, <br />
suplicam um banho. <br />
Reclama.<br />
E reclama-reclama, <br />
quando abre-se em cor: <br />
<br />
"— Tu me usas como rameira <br />
<span style="color: #999999;"> (trim)</span><br />
e nem te importas<br />
o tom da minha pele! <br />
<span style="color: #999999;"> (trim-trim)</span><br />
Importas a ti apenas<br />
meu conteúdo!" <br />
<span style="color: #999999;"> (bla bla bla vítreo)</span><br />
<br />
Julgam-me mal <br />
quando estou isolado,<br />
pois que não sabem <br />
que me isolo de mim mesmo<br />
para que tudo possa viver<br />
numa ordinária e silenciosa paz... </span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-91711678789933519622012-01-09T07:08:00.003-02:002012-01-30T13:00:48.610-02:00Último Caminho<span style="font-family: 'segoe print';">Assim quero meu último caminho:</span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">
(a última mulher que amei na Terra)<br />
em rotas de saudades que se encerram<br />
nos seios que se gozam dum aninho...<br />
<br />
Andar de encontro ao Ouro, de ano a ano;<br />
lutar as mil batalhas da canela!<br />
Uma hora descansar nos braços dela;<br />
outrora governá-la soberano...<br />
<br />
Galgar, enfim, dos níveis, o mais fausto<br />
desta ampla e extensa escadaria da alma:<br />
subir cada centímetro com calma<br />
e a cada metro agradecer-se exausto!<br />
<br />
Atravessar os charcos da discórdia!<br />
E se entalado à areia movediça<br />
da sanha, do egoísmo, da preguiça<br />
ser salvo pelos ramos da concórdia!<br />
<br />
Seguir nas chuvas, sombras, sob os sóis!<br />
Seco ou molhado, sujo ou limpo, avante!<br />
Saber que o amor existe a cada instante<br />
que houver crescido adiante girassóis!<br />
<br />
E o que me importa o que há de vir depois?<br />
Se nunca nada pode viver fora<br />
do momento presente, o tal do Agora,<br />
senão o sonho de seguir a dois<br />
<br />
na estrada virtuosa do carinho?<br />
— que certamente estou! Pois de antemão,<br />
já soube onde calcar meu coração<br />
fazendo de quem amo o meu caminho...<br />
<br />
<span style="color: #666666;"> (E assim serenamente é que me vou:<br />
de pés no chão, andar como quem sabe<br />
que o caminho do júbilo só cabe<br />
a quem traz junto ao passo algum amor...)</span></span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-41008789483661212022012-01-09T07:05:00.001-02:002012-01-09T07:07:17.340-02:00Da Mortalidade<span style="font-family: 'segoe print';"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<hr /><span style="font-family: 'segoe print';"><span style="font-size: small;">Nós, jovens, filhos, não ligamos muito para morte, até a conhecermos em nós. Quero dizer, pois, que no momento em que um filho vive a morte de seus pais, este sente, dentro em si, o baque da mortalidade; a realidade do Fim. Entretanto, quando o contrário acontece, os pais, progenitores, sentem findar a imortalidade, outrora viva em suas crias... (e com isso também se angustiam com a realidade do Fim)...</span><br />
</span><br />
<hr /><span style="font-family: 'segoe print';">Choram mães, choram filhos, choram todos</span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';"> no luto então se entregam para sempre!<br />
(Uma saudade aqui, outra outra hora.<br />
Uma saudade agora: sempre viva!)<br />
<br />
Sentir do que é mortal e do que não,<br />
só cabe a quem enxerga as entrelinhas:<br />
quando um pai finda (a vida ou morte escreve?)<br />
seu filho finalmente tem a prova<br />
<br />
de que é mortal, (assim nos foi escrito<br />
em pedra, num cristal de orvalho, ou rama)<br />
pois cabe à natureza assim, se impor!<br />
<br />
Faz clara esta entrelinha, estando ou indo!<br />
E o poder da imortalidade esvai-se<br />
na dor de um pai que viu seu filho morto!<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-50652012262708268972012-01-09T07:03:00.002-02:002012-01-09T07:03:23.942-02:00Obeliscos & Ruínas<span style="font-family:segoe print"><br />
Do restante, tem-se um monte<br />
(brilho fedo, dor, poeira)<br />
numa tal segunda-feira<br />
ao bocejo do horizonte<br />
uma chuva arruaceira<br />
se instalou.<br />
<br />
O Obelisco de planície<br />
deste mundo que era belo,<br />
aos escombros, na imundície<br />
humilhado à superfície<br />
foi perdendo sua importância<br />
só lembrado no chinelo<br />
(revestido de lembrança)<br />
como um ícone amarelo<br />
que findou.<br />
<br />
(Dele, só o pó restou.)<br />
<br />
São ruínas, nossas vidas,<br />
do restante que se monta<br />
de memórias ressentidas.<br />
<br />
Mas ao vir da chuvarada<br />
obeliscos não são nada:<br />
minerais que se desmontam<br />
se tornando pedra pronta<br />
que jogada noutros tetos<br />
faz roubar da nossa glória<br />
toda história dos afetos<br />
dos quais tivemos orgulho! <br />
<br />
Obeliscos nas planuras,<br />
importantes pela altura,<br />
importantes pela imagem,<br />
basta chuva, basta a aragem<br />
serem algo mais iradas<br />
revolvendo-se no ar<br />
pra deixá-los em ruínas!<br />
<br />
Vidas fracas, pequeninas,<br />
se cuidando de empoar... </span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-15470294274716060152012-01-02T07:41:00.002-02:002012-01-02T07:41:21.718-02:00<span style="font-family:segoe print"> Morto!<br />
Morto este blog!<br />
Morto este poeta!<br />
Viva, a poesia...<br />
<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-13608848162802106102011-12-12T19:30:00.005-02:002011-12-12T19:34:58.667-02:00Velório de Estrela<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPgKVV8x762Wk2EjqMxWNMyrqFg-V2BF2r6X4Ek1ppP5j3iGmkBe1iwGuTnyoByzkMh0xiGSdGvWAOKh2mPC7t1MK4ANY1_1wqHf0sLq7pYcZNtjmhKsHP9rGULVbcsieX7AGHTw9-ZAAY/s1600/supernova2.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="216" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPgKVV8x762Wk2EjqMxWNMyrqFg-V2BF2r6X4Ek1ppP5j3iGmkBe1iwGuTnyoByzkMh0xiGSdGvWAOKh2mPC7t1MK4ANY1_1wqHf0sLq7pYcZNtjmhKsHP9rGULVbcsieX7AGHTw9-ZAAY/s320/supernova2.png" /></a></div><br />
<span style="font-family: 'segoe print';">Exalando um clarão, dos olhos se emancipa<br />
mais uma estrela velha avistada no mundo.<br />
Vai-se, naturalmente, em fração de segundos,<br />
sua história, sua luz; pras últimas dissipa...<br />
<br />
Parece tudo em luto: o dia se antecipa<br />
trazendo-nos, sem brilho, um horizonte ao fundo<br />
triste e choroso ao tom dum cinza vagabundo.<br />
(um velório no céu, que tudo participa)...<br />
<br />
Como em caixão de morto espalham-se almofadas<br />
aglomeram-se as nuvens: painas que se montam.<br />
— Seria mais um gesto à estrela que se vela?<br />
<br />
Um lampejo. Um trovão. Mil nuvens carregadas.<br />
Presto atenção no céu — à chuva que se apronta:<br />
— É, tudo em volta chora e ensaia uma querela... </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';"><br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-63622526430064565772011-12-11T12:47:00.002-02:002011-12-11T12:48:20.951-02:00O Natal<span style="font-family: 'segoe print';"> Ah! O Natal.<br />
Não o Natal dos jingles;<br />
dos judeus, dos muçulmanos...<br />
Não o Natal do nascimento de Jesus, de Javé,<br />
João, Josias, Josué, Juca;<br />
dos esfomeados, dos fartos, dos fatos,<br />
dos amedrontados perus.<br />
<br />
<i> Aliás, sempre odiei peru.</i><br />
<br />
O meu Natal!...<br />
Onde as meias são rogos e qualquer barulho é de intruso...<br />
<i> — única época em que intrusos são bem-vindos.</i><br />
Onde carrinhos vermelhos viraram sinônimos de azar.<br />
Onde as mentiras fazem realmente bem.<br />
<br />
(Ou não: <br />
<i> "— Papai Noel tá pobre este ano, meu filho..."<br />
"— Mas ele nem joga no bicho como você, papai.")</i><br />
<br />
Teve esta vez, nesta rua outrora repleta de crianças, onde um cometa passou em pleno Natal.<br />
Rodopiava pelo céu o júbilo maior daqueles que creem: <br />
o barbudo vermelho, autenticado aos nossos olhos.<br />
Meu irmão, eterno esmagador de sonhos, dissera: “— É só um cometa.” <br />
Mas inda assim, ignorando-o como se ignora um presságio de traição, continuei a viajar junto a outras crianças. Diziam: “é ele!” e tão logo estávamos especulando sobre sonho e realidade; trenós brilhantes e renas... <br />
Uns mostrando o quão sensacionais eram seus brinquedos, <br />
outros invejando os presentes alheios.<br />
<br />
Ah! Meu Natal!<br />
Pisca-pisca das lembranças do irreal.<br />
Tem um cheiro de rabanada (e de avó); <br />
um gosto adocicado de infância,<br />
e esta pitada salgada de desilusão:<br />
<br />
Ah, meu irmão... se cometas existem<br />
é por este Natal que tudo se revela:<br />
pode ser que não... </span><br />
<span style="font-family: 'segoe print';"><br />
</span><span style="font-family: 'segoe print';">Osvaldo Fernandes</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-74409555156466277712011-12-01T14:04:00.002-02:002011-12-01T14:06:18.714-02:00Um Único Abraço<span style="font-family:segoe print"> <br />
Viu-se abraçar o mundo, as nuvens parcas,<br />
o céu e o caminho que seguiste:<br />
viu-se deixar no metro o estado triste,<br />
e seguir doravante — além-comarcas!<br />
<br />
E dos caminhos tredos que saíste<br />
dois, que sentes no cerne inda te encharcas:<br />
O amor caçula que deixaste marcas<br />
e o desamor que, após, te bipartiste:<br />
<br />
— Ficar ou ir? Não sei! Que mais funciona?<br />
Calmo ou feroz, sentado se questiona<br />
como se questionasse o irrelevante...<br />
<br />
— Não sabes?! Abre os braços! Sente o mundo;<br />
e como o amor, conserva-te um segundo;<br />
e como o desamor segue adiante... <br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-76531569249328275582011-10-25T03:30:00.002-02:002011-10-25T03:30:24.235-02:00Desta Mudez Infinda<span style="font-family:segoe print"> Ser, dos homens, o homem mais sincero<br />
aquele que te amou pelo silêncio.<br />
Palavras esvoaçam, as dispenso,<br />
se, dentro em mim, das mesmas prolifero...<br />
<br />
Ter, do silêncio, o verdadeiro e intenso<br />
sentimento do qual nunca pondero:<br />
numa mudez mostrar-te do que quero<br />
noutra mudez mostrar-te ao que pertenço...<br />
<br />
E se te não pertenço, eis a verdade:<br />
sei mudo revelar sinceridade<br />
mesmo se este silêncio é criticado!<br />
<br />
Mas se te pertenci, por que é que minto,<br />
se tudo do que sei, senti e sinto<br />
foi que te amei demais, mesmo calado?...<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-65845148401370525752011-10-25T03:29:00.000-02:002011-10-25T03:29:19.568-02:00Porquê, Amigo<span style="font-family:segoe print"> Tenho esta necessidade de inexistir;<br />
de cultuar a pequenez:<br />
ser a sombra da sombra; o osso do osso,<br />
pequeno... ínfimo. Micro!<br />
<br />
Ser-me-ia insuficiente<br />
o silêncio de um mudo:<br />
quero a garganta invisível.<br />
<br />
Quero a palavra alterada<br />
a separação completa do erre, do esse<br />
para que me evitem tachar de instigante<br />
para que me evitem fonemas<br />
para que me evitem.<br />
<br />
Amigo, sou monótono,<br />
por um simples porquê:<br />
se me faço inferior,<br />
é pra lhe vasto fazer<br />
cá dentro em mim... <br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-92102336648734183202011-09-22T19:45:00.001-03:002011-09-22T19:45:47.925-03:00Carolina<span style="font-family: 'segoe print';"> <br />
Os dias passam lentos, solitários;<br />
E o sol parece ter a mesma idade<br />
Enquanto palpa-a, palpa-me esta tarde<br />
no mesmo mundo... e no mesmo horário...<br />
<br />
Faço-a existir mesmo à anonimidade<br />
e existo, enfim, num júbilo diário:<br />
posso lhe ser amigo imaginário; <br />
talvez, e mesmo oculto, uma saudade...<br />
<br />
E toda noite quando a densa bruma<br />
desenha-se por toda minha retina<br />
resolvo de encontrá-la, Carolina!<br />
<br />
Juntam-se, nos meus olhos, uma a uma,<br />
num show de supernovas, mil estrelas!<br />
E a noite é mais brilhante só por vê-la...<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-17130652445980377732011-09-18T11:42:00.002-03:002011-09-18T11:46:28.828-03:00Da Vaziez Adulta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomVtnLq-WkeiwMMrHCa4sECeQa12ZM6YOexow3c6RnLlIcZ4jzI1e7RuwYGghaMFWebLVOs4lIYTJB02M9COQJdtfn2FPqEyaoJomsvUq-egUJ_CLI2pNF0euzVjegcXL15FBfA5H5cHI/s1600/ARMAZEM_010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomVtnLq-WkeiwMMrHCa4sECeQa12ZM6YOexow3c6RnLlIcZ4jzI1e7RuwYGghaMFWebLVOs4lIYTJB02M9COQJdtfn2FPqEyaoJomsvUq-egUJ_CLI2pNF0euzVjegcXL15FBfA5H5cHI/s320/ARMAZEM_010.jpg" width="252" /></a></div><span style="font-family: 'segoe print';"><br />
Toma, à memória, a estrada pueril;<br />
da planta o oxigênio, o verde, o fúcsia.<br />
Faz desejar nuns sonhos de pelúcia<br />
que o ano seja aquele, aquele abril...<br />
<br />
Refaze agora todo este percurso:<br />
toma, à memória, a estrada pueril!...<br />
Tal como revolvesses dum funil<br />
traze ao peito de novo aquele urso...<br />
<br />
Abraça-o, como sotrancasses tudo:<br />
tivesses sonhos vastos e felpudos<br />
que volitassem para teu agora.<br />
<br />
Sente nas mãos esta pelugem fina!<br />
Relembra-te o teu tempo de menina,<br />
e pra adultícia oca volta... e chora...<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-50517449101795508382011-08-18T05:46:00.002-03:002011-08-18T05:47:01.096-03:00Recriando<span style="font-family:segoe print"><br />
Esfreguei a borracha no sol<br />
até que sobrasse apenas o universo<br />
– um poema que de fato eu escrevia –<br />
Uma a uma, as estrelas foram se vestindo de versos.<br />
<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1359597592282098998.post-37393057574645355112011-08-18T05:46:00.001-03:002011-08-18T05:46:15.149-03:00Cartão Postal<span style="font-family:segoe print">Era uma vez o homem.<br />
Em sua grandíssima aventura pelo mundo<br />
viu-se espalhado por aí –<br />
em todos os cartões postais<br />
que houvesse dor...<br />
<br />
</span>Fthttp://www.blogger.com/profile/02347791631323852718noreply@blogger.com0