Ser, dos homens, o homem mais sincero
aquele que te amou pelo silêncio.
Palavras esvoaçam, as dispenso,
se, dentro em mim, das mesmas prolifero...
Ter, do silêncio, o verdadeiro e intenso
sentimento do qual nunca pondero:
numa mudez mostrar-te do que quero
noutra mudez mostrar-te ao que pertenço...
E se te não pertenço, eis a verdade:
sei mudo revelar sinceridade
mesmo se este silêncio é criticado!
Mas se te pertenci, por que é que minto,
se tudo do que sei, senti e sinto
foi que te amei demais, mesmo calado?...
Demais!
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