"Quando nasce o amor, em si,
renasce, pois, nas coisas
e as cores são cirandas..."
Osvaldo Fernandes
domingo, 7 de junho de 2009
Naufrágio
Ah! Tanto que lubrifiquei minh’alma
Velejei na palma a vida andarilha
Que perdid’em amor, cedeu sua quilha
Descontrolada ao passo que o terror
Que roga, impele, afoga, e tira a calma
Desalma o amor e me naufraga em dor
Ah! Tanta dor que ao futuro me tolhe
Pois inda me desejo o amor que acolhe
Dum rés passado vil, de temporais
que num pingo colheu todos meus ais,
e n’outro me escondeu no meu convés
confesso, é este por ora meu revés
E o barco da vida prossegue mal
De fato, sem amor, porém com paz
Que faz, duma tormenta, evadir ágil
Trincado, pois, audaz, segue-me a Nau
Que tão irreal, se reputa incapaz
De vir à superfície pós naufrágio...
Pois acha-se Nau frágil e se endura
E abissal lembra: é ao-mar que traz a cura!...
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Saiamos de dentro de nós, de nosso convés... o que convém ou o que nos detém, que se faça sol e a cura em si bemol, nas ondas te tua poesia, "ao mar que traz a cura", uma música aos leitores, numa rede de cultura!
ResponderExcluirObrigada pela visita! Será bem-vindo a cada click que resolver fazer!
Volte sempre!
(eu sempre voltarei)
Forte abraço!