"Quando nasce o amor, em si,
renasce, pois, nas coisas
e as cores são cirandas..."
Osvaldo Fernandes
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Cancioneiro
Ah! Cantar a rente querela
- este cancioneiro perene! -
num violão fosco!
Soltar, às cordas, o sol desafinado e solene;
e deixá-lo vogar além das janelas;
como se murmurasse Villalobos!
Completar as frestas
com cântico natural
do lânguido eucalipto das florestas
que de encantos, há-se olvido!
Deixar-se-lhe ser, sentir-se-lhe ouvido,
assim que incutido, pelo sopro celestial!
E cantar! Cantar na linha
a tortuosidade divinal;
sentir que a mão caminha,
quebrando penedos;
em caminhos tredos;
em canto sonial!
E quando no hexacorde
um solfejo emanar, ultimogênito:
Ver a querela rente
débil, tornada frêmito
pelo superno acorde
deveras plangente...
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