"Quando nasce o amor, em si,
renasce, pois, nas coisas
e as cores são cirandas..."
Osvaldo Fernandes
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
A Prostituta
Eu amo esta rameira! Eu a amo tanto!
É jarro onde toda dor deposita
Objeto adornado – de quebranto –
Souvenir para um lírico eremita!...
Coxas em vírgula, pulando o canto
Da volúpia: deitada, a bonequita
Pequenina; bebendo do meu pranto
E derramando-se ao lençol, catita!
Elegante sopra, freme e esfumaça
Os torvelins do cerne – me arregaça
Toque; ponto final – apoteose!
Eu amo esta rameira! A prostituta:
Aliciante verve que debuta;
Na lira se insinua e faz que goze...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
E quem não ama as prostitutas, pequenos prazeres hedôneos que aparecem na vida..sejam elasmetáforas ou não...
ResponderExcluirAdorei o soneto..sempre com muita classe!
Abraços!!