"Quando nasce o amor, em si,
renasce, pois, nas coisas
e as cores são cirandas..."
Osvaldo Fernandes
domingo, 5 de julho de 2009
Da morte completa do poeta
E quando em pó lembrar como foi seu passado
Quando se foi poeta o tanto de amargura
qual, nas folhas, rasou - e toda sua candura
pensando que foi cura os versos mal amados
E quando inexistir, se ainda houver cesura,
se foi mal feita a cura - assim como o versado;
também o versejado, impuro e malcriado -
que achou que era candor (não era, porventura)...
Não era nem amor! Também não houve sorte...
criou meras sandices, criou pra si a morte
em escolher os motes para seu criar:
Amar o indelinquente - e lhe julgar ainda!
Beber ineloquente a sua vida finda
Morrer inteiramente, sem sequer amar...
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Este poema é muito muito forte...por isso adoro :>
ResponderExcluirabração!
"E quando inexistir, se inda houver cesura,
ResponderExcluirse foi mal feita a cura - assim como o versado;
também o versejado, impuro e malcriado -
que achou que era candor (não era, porventura)..."
Adorável!
Lindo mesmo o soneto
=***