Se algo te espanta na mudez
que resolvi por ter, num ponto
em que d’amor fui o mais tonto,
perdoa minha insensatez...
Se algo te espanta nesta ausência
afora a carne, ausência viva;
torna a saudade em ti, ativa,
conserva viva minha presença.
Que nem percebo; houvera em mim!
Moço da inércia, antes tão leino;
Castelo ocluso, de onde o reino
em trono amor, senta-se o fim.
Se algo te move e se agiganta
em devir triste, em desventuras,
revive e lembra da ternura
presente enfim, se algo te espanta...
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