Sonhava dizer-te adeus neste dia:
O sol despontava fulvo lá fora
De luz e calor tua graça se ungia,
– Que linda, perfeita, a minha senhora!
Não pude mentir-te enquanto bem via
Descendo as escadas, naquela hora,
Tomada de sol, vestida de aurora
Meu peito pulava e amor eu sentia.
E o quanto eu sentia! E quanto te olhava!
Sentia e olhava. Olhava e sentia
A dor que causava quando eu dizia:
“– Estou indo embora. Adeus, ó Senhora
Tomada de sol, vestida de aurora!”
E enquanto eu partia, o peito pulava...
E então despertava. E a aurora nascia!...
Parida em teu rosto; untando os cabelos:
“– Se adeus te dissesse, Ó minha senhora
Serias tu, sonho, e eu só... pesadelo!...”
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