domingo, 17 de maio de 2009

As musas


Ó! Estes orvalhos d'alma
que ao meu riso, é geratriz
carvalho liso da floresta entusiasta
donde a belezaria se espalma
numa flórula locomotriz
que de encontro a nós nos basta!

Ah! Estes pingos de sonhos!
Estendei vosso verde olhar
por sobre nosso fascínio!
Divas de semblantes risonhos
que nos prendestes no flébil cortejar
e atraístes de nós, vosso domínio!

O beijo, qu’em vãos pensamentos,
abstraíra-nos das vis imagens
e nos impregnara o indubitável sentir
de etéreos alentos
conforme seus hálitos - trazidos em aragem -
no toque hidrato, fizeram-nos fruir...

Que é das cascas ilusórias?
que é dos estares incompletos?

Onde as ligações nunca feitas?
onde só o belo que se enfeita?
onde os gris semblantes? onde os coxos andares?
onde nossos, em tê-las, pesares?
Vós haveis!
Tal qual a inexistência
de vós
em nossa fádica consciência...

Vós sois, não somenos
fisionomia prazenteira exclusas
Mas sois assim, já de vossos estares
a nós, tão buenos
Tão lisonjeiras e completas musas!
De todos nossos amares!...

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