"Quando nasce o amor, em si,
renasce, pois, nas coisas
e as cores são cirandas..."
Osvaldo Fernandes
domingo, 20 de dezembro de 2009
À Musa de Ouro
Tive na vida inteira, a dois, remorsos:
Sonhos de céu, quebrando-se três vezes
em espaços vazios, descorteses
que se foram p’ro vácuo, sem ser Nosso...
Tive, pois, não mais tenho esta descalma!
Pois fizeste de um Nosso, ser um Quero
Tendo-me assim, em ações que enumero
nos dedos infinitos de minh’alma!...
Contigo, a vida é tão aurifulgente!
Como são teus cabelos, quando os vejo
esvoaçando sonhos benfazejos
que borbulham anímicos e crentes!
Sinto que a ti minh’alma se transmigra
e faz do teus sorrisos, domicílio,
e de tu’alma, o mais honroso exílio,
como em pátria dum Sonho que remigra!
E vou mostrar-te, em coração poeta
a lídima beleza deste mundo
e todo o amor, que de mim, oriundo
faz n’alma engendrar quimeras completas!
E vou mostrar-te, a ti, do que és feita!
No espelho dos meus versos, quando leres:
Do reflexo, o mais divino entre os seres,
qual prece que Deus concebeu, perfeita!
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... E vemos uma alma desnuda!...
ResponderExcluirVéus que são suaves tapetes deixados à porta e no peito versos que são lantejoulas a adornar o Litero!...
Espelho dos versos... na qual inspiração, sentimento e essência poética confundem-se...
Abraços afetuosos!
Viagem feita, pausa para água...