É tempo, vem, ó meu amor, agora
que tudo é nuvem, vem, de amor volante,
(o céu parece um timpanão troante)
Que a chuva cai sem que se saiba a hora.
Vem que te espero apenas neste instante
(um tom maior por todo anil vigora)
Vem que o teu pouso o meu regaço implora!;
Que o timpanão do céu te tange ovante!
Vem logo! O céu, Amor, ficando escuro
querer, parece, te afastar do chão
o mesmo chão de terra e sonhos puros!
Pousa. Beija-me! E veem-se então centelhas
um relâmpago ávido se esguelha
e estoura um som maior que do trovão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, viaje comigo.