Quero contar do brilho de improviso:
o mais puro e o mais liso; dos reflexos
nos olhos e na boca, desconexos,
cristalizados pelo teu sorriso...
Quero contar das asas, do voejo,
de ser o mais liberto e se perder
no aroma de uma flor azul-bebê,
que brota ao ar, esguio de desejo...
Eu sei falar das flores mas da Flor
eis a verdade: eu prefiro cheirá-la;
roubar dos olhos tenros que apunhala
de forma lacerante, um novo amor.
Eu sei falar das luzes de um olhar:
improviso sutil duma paixão;
mas quero só mirar-te o coração
que a tudo sente e fala... sem calar...
(E meus olhos, então,
perdido aos teus
que é céu, te refletir,
brilhar, brilhar...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, viaje comigo.