Dessujeito
Quero o Amor, da garganta, destravado:
Em livre exploração pelo meu leito!
E ao tombar-se, suave, no meu peito
Saber-mo vivo, farto e revelado!
O sopro proferido; dessujeito.
Junto dos céus - no ar denso e ficado!
Não quero o amor em mim asfixiado,
nem baldo, como fosse rarefeito!...
Quero a garganta enérgica, angustiante,
De altissonoro estrondo, palpitando!...
A pronunciar o amor como uma fera!
E quando ela explodir agonizante
Toda certeza de se estar amando,
Desentranhar por toda atmosfera!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, viaje comigo.