quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dessujeito


Quero o Amor, da garganta, destravado:
Em livre exploração pelo meu leito!
E ao tombar-se, suave, no meu peito
Saber-mo vivo, farto e revelado!

O sopro proferido; dessujeito.
Junto dos céus - no ar denso e ficado!
Não quero o amor em mim asfixiado,
nem baldo, como fosse rarefeito!...

Quero a garganta enérgica, angustiante,
De altissonoro estrondo, palpitando!...
A pronunciar o amor como uma fera!

E quando ela explodir agonizante
Toda certeza de se estar amando,
Desentranhar por toda atmosfera!

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