quinta-feira, 5 de maio de 2011

Das Quantidades

Pois quando então sentires teu espaço
taciturno e sombrio
estica o braço, e tudo que houver dentro
será menos vazio:

Alonga estes teus braços! Vai a oeste!
Vai a leste também!
E deixa que eles errem no infinito
para o além do além.

Transpassa o horizonte, o azul, as pretas
matérias dos espaços!
Dedilha, por Andrômeda, planetas
dedica-os teus abraços!

Distende! Deixa o toque vigoroso
sentir o que inexiste...
E perde-te no desconhecimento
daquilo que te existe.

Volta! Vem escrever dos inescritos
e não sabidos astros.
E considera a ti, nos teus escritos:
te reconhece vasto!

Volta contigo dentro. Traz também
o braço longo e estranho,
a pequenez, e tu, como voltasse
para o mesmo tamanho.

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