sábado, 22 de dezembro de 2012

Peso da Luz

Em meio ao apagão de algumas horas
sinto a presença de um olhar macabro.
Ouço um aiar fremir do candelabro
e um medo me devora.

Começo a mastigá-lo nas entranhas.
Um suor indissolúvel, quente e rude
como um lacrimejar em amiúde
no corpo se amarfanha.

A luz volta tinindo!
Tudo em volta tem cheiro de terror;
abro os olhos tão crente deste horror
que até me esqueço que estive dormindo!

Da luz (a consciência)...
Revivo o pesadelo em cada cada:
Sinto a presença de um olhar de nada,
e toda escuridão é só ausência...