terça-feira, 25 de outubro de 2011

Porquê, Amigo

Tenho esta necessidade de inexistir;
de cultuar a pequenez:
ser a sombra da sombra; o osso do osso,
pequeno... ínfimo. Micro!

Ser-me-ia insuficiente
o silêncio de um mudo:
quero a garganta invisível.

Quero a palavra alterada
a separação completa do erre, do esse
para que me evitem tachar de instigante
para que me evitem fonemas
para que me evitem.

Amigo, sou monótono,
por um simples porquê:
se me faço inferior,
é pra lhe vasto fazer
cá dentro em mim...

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