quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Duas Vidas


Eu vivo em mim, de fato, duas vidas
Uma, de sonhos, lauta e esperançosa
que se tornam poemas lindos, prosas
N’abstração e em letras, concebidas...

Outra de realidade pustulosa
que cria estrofes vis e fementidas
gerando poesia genocida
como fosse inferno em apoteose!

Eu quero é viver na desesperança
e fazer com o Agora uma aliança
exterminando o que, de sonho, existe!

Eu não vou esperar nenhuma sorte!
Pois morrerei, antes que venha a morte
Da esperança que última se insiste!

2 comentários:

  1. E todos que escrevem acabam vivendo duas vidas, quiçá escrever seja uma regra..talvez todos nós vivamos duas vidas: sonho e realidade. Que mal há?!

    Passei para lhe agradecer pelos votos para 2010 e sabia que me depararia com um ótimo soneto!
    Descobri que também adoro ser lida, apesar da escrita me servir mais como um exorcismo do que qualquer outra coisa..É smepre um prazer estar aqui.
    Esperoq ue nesta ano continue nos encantando com suas belas linhas...espero anciosa!

    Um grande abraço!
    Paula.

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  2. Obrigado pelo carinho! Paula!
    Pelo comentário.
    Pela leitura.
    Você é (sente-se) uma alma poética...
    ...que se cria e se transforma.
    Um prazer ser lido por ti! (e a ler)
    Beijos gigânticos.

    Osvaldo F.

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