segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Da Mortalidade



Nós, jovens, filhos, não ligamos muito para morte, até a conhecermos em nós. Quero dizer, pois, que no momento em que um filho vive a morte de seus pais, este sente, dentro em si, o baque da mortalidade; a realidade do Fim. Entretanto, quando o contrário acontece, os pais, progenitores, sentem findar a imortalidade, outrora viva em suas crias... (e com isso também se angustiam com a realidade do Fim)...


Choram mães, choram filhos, choram todos
no luto então se entregam para sempre!
(Uma saudade aqui, outra outra hora.
Uma saudade agora: sempre viva!)

Sentir do que é mortal e do que não,
só cabe a quem enxerga as entrelinhas:
quando um pai finda (a vida ou morte escreve?)
seu filho finalmente tem a prova

de que é mortal, (assim nos foi escrito
em pedra, num cristal de orvalho, ou rama)
pois cabe à natureza assim, se impor!

Faz clara esta entrelinha, estando ou indo!
E o poder da imortalidade esvai-se
na dor de um pai que viu seu filho morto!

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