sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Se Te Espantas

Se algo te espanta na mudez
que resolvi por ter, num ponto
em que d’amor fui o mais tonto,
perdoa minha insensatez...

Se algo te espanta nesta ausência
afora a carne, ausência viva;
torna a saudade em ti, ativa,
conserva viva minha presença.

Que nem percebo; houvera em mim!
Moço da inércia, antes tão leino;
Castelo ocluso, de onde o reino
em trono amor, senta-se o fim.

Se algo te move e se agiganta
em devir triste, em desventuras,
revive e lembra da ternura
presente enfim, se algo te espanta...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, viaje comigo.