domingo, 20 de fevereiro de 2011

Baú de Despejos

(a Reinaldo Luciano)

Fui saciar, no sebo, um dos meus vícios:
de ler, e me aprazer – me traz alento.
Achei perdido e rofo, no interstício,
um papiro amassado e poeirento...

Rutilava! Minh'alma o refletia.
Mal sabia: era a luz da sapiência.
Quão belo o manuscrito em poesia
feita em versos de mera competência!

Tirei-o do baú onde o encontrei
Li cada verso! Como os degustei
tal Rei da poesia a olhos nus:

A lira dum espírito doirado
qual parecia o Nume despejado
ou talvez fosse o próprio, no Baú!...

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