sábado, 16 de janeiro de 2010

Do Que Dentro Está Cheio


Do que dentro está cheio, tenho medo
pois, que serei lá fora, se na sombra
caminho, e todos os passos alombam
de encontro ao invisível nada ledo...

O que está dentro, grita-me, ribomba
e não ouço mais tarde, nem tão cedo
deveras nunca ouvi: ouvidos quedos!
Mas mãos-tímpanos libram como pombas...

Columbinas, papos-de-ventos, quais
destas aves voando pelas mãos
os demônios, de mim, mostrar-se-ão?

Cá dentro estou tão cheio destes ais
e nem sei se friamente sou capaz:
lavar as mãos, que os eus, revelarão!

Um comentário:

Por favor, viaje comigo.