quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Efêmero


Tempo que passa o tempo e nunca passa
realmente, se alquebrado no Agora...
Tempos que contam horas tão já escassas
e engolem toda cor que houvera outrora...

Tempo sem tempo: velho ou tão menino
percorrendo os playgrounds da memória.
Tempo que esvai, que é como desatino
desvairado em conjecturas de glórias...

Tempo que pinta o céu todos os dias
do azul dulcíssimo, de branco ou gris
ou preto – à negritude do infeliz...

No sol a despontar no dia-a-dia:
O efêmero, se reflete, fulgente;
amareleza em manhãs do presente...

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