terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Som dos Sinos


Por mil caminhos vadiando torto
meu passo calejado e tão franzino
não anda avante, mais parece morto
parado em porto, de chagas, ferino

Mas eis que no solto andejo, absorto,
ouvi junto ao meu passo ternos sinos
do amor, a tilintar sons de conforto
brincando o interior como um menino...

Vi-a sentada; seus olhos cravados
em mim e os meus nos dela. Repetindo
aquele estrondo das almas benquistas!

- Qual seu nome, ó Som Inusitado?
Questionei-o cá dentro, já sorrindo:
- Eu chamo-me Amor, à primeira vista!

Um comentário:

Por favor, viaje comigo.