terça-feira, 27 de julho de 2010

Amores de Verão

Tal como um amaldiçoado jardim
Meu coração viceja sua flora
Das raízes profundas solta afora
Um cheiro nauseabundo de alecrim...

O cheiro espanta o doce do jasmim
O acre toma o vento de hora em hora
A quem fareja: queima, se incorpora
Da maldição de amor: desdita e fim.

O outono passa, o inverno, a primavera
E o coração de velhas flores vive:
Em cheiros de lembranças emanentes...

Mas ao vir dos verões, quando acelera
Por um momento as maldições que tive
São só cheiros ao vento, novamente...

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