Na relva
um bailado sepultante;
feixes candentes alumiam
toda a Passagem.
Um obus - trape! - soprando
e sorvendo sopros.
Sânie. Pus. Amareleza.
Lama. Gritos.
– Kawabanga!
Nas fumegantes trincheiras
pintores, que só descobrirão
o rubro;
poetas que nem mortos na glória
renascerão;
atores num palco real
que jamais se saberão heróis
ou vilões.
Naquela fronte
(naquela frente)
apenas um sorriso -
tão cândido, meigo, infante,
como aquele
parido pela mãe:
sua mulher.
Outra mãe – a guerra
parteja a Paz,
que vem – novíssima, nascendo
e chorando
lágrimas rubras
de um capacete gretado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, viaje comigo.