quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pouso Leve

Pousar de leve a mão nas tuas mãos
– ligeiro escuro; ao sol olhos brilhando
e nas penumbras pálpebras sambando –
pousar de leve em seu, meu peito então...

Levantar vôo, o coração, na boca
– apoteose, e fez-se a escuridão
do esgar, da piscadela... – por que não
levantar vôo, o coração... da boca?...

Pulsantes, num dueto, vão tentando
– dois corpos em dois corpos se afogando –
mudos, desta volúpia, uma canção...

Um som sublime, um ritmo inconstante;
o acorde, um gozo, e lá do céu, lançantes,
pousando, os corações, leves, nas mãos...

Um comentário:

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