quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Passagem

A luz da Lua açoita, chicoteia
Meu torso com inacabáveis gumes
Sorvendo-me da carne todo o lume
que o espírito tremeluz,
bruxuleia...

Sua gravidade é vil, traciona forte
E saudosista arranca-me do chão
os pés da essência, à consecução
de luz clamando célere
mi’a morte!

Várias estrelas sentem e me rogam
— parecem tão vazias e franzinas —
ao espírito, longínquo,
vão e absorto.

Querem-me a luz! Encimadas se jogam:
— como pueris ribaltas tão meninas! —
mil purpurinas no ar;
e eu no chão... morto...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, viaje comigo.