quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Se Me Basto

Prometo pela inércia do meu corpo
e por toda inquietude de minh’alma,
que pra extorquir, da paz, rubis de calma
farei da Solitude um raro escopo!

Prometo e, num protesto, a ardor, contrário
a voz da Solitude me desdenha.
Diz da preciosa paz: – Pra que a obtenha
não bastará polí-la solitário...

– Eu só quero viver! Passar! Morrer!
E, só, ó paz! amá-la inteiramente!
– brados d’alma plangente de viver...

No seio, pois, se voz outra afastasse
a ideia de eremita e amar somente
a mim, talvez, só a mim não me bastasse!

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