Deleita o toque e às pálpebras deleita
Ver-te e sentir-te às retinas focadas.
Em seda grossa, a carne enviesada
Dos sorrisos, volúpias liquefeitas.
Acertas todo prumo ainda deitada
À graça, extenuada e satisfeita.
Tornas da pele, a mais fatal, eleita
Na areia de lençóis, colubreada.
Devolves-me o olhar, sibila, e chama.
Um chocalho perfura a minha mente,
retumba algo de amor e caio exangue,
sentindo, em teu deserto – a nossa cama –
ofídicas picadas, vorazmente,
fazer pulsar veneno onde era sangue...
A serpente é bela por si só!Só.
ResponderExcluir