domingo, 27 de março de 2011

É Tempo

É tempo, vem, ó meu amor, agora
que tudo é nuvem, vem, de amor volante,
(o céu parece um timpanão troante)
Que a chuva cai sem que se saiba a hora.

Vem que te espero apenas neste instante
(um tom maior por todo anil vigora)
Vem que o teu pouso o meu regaço implora!;
Que o timpanão do céu te tange ovante!

Vem logo! O céu, Amor, ficando escuro
querer, parece, te afastar do chão
o mesmo chão de terra e sonhos puros!

Pousa. Beija-me! E veem-se então centelhas
um relâmpago ávido se esguelha
e estoura um som maior que do trovão!

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