terça-feira, 12 de abril de 2011

Na Aurora do Amor

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 "Quando nasce, o amor, em si,
renasce, pois, nas coisas;
e as cores são cirandas..." – Osvaldo Fernandes

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Um grilo bóia na água
e prata é verde musgo.
Há gavião nefando
invisível na sombra.

– Um sapo sai voando?

A arcaria de cores
pro céu, vai-se, lançando...

o céu chora... pras flores

Escondida entre as nuvens
(nas almofadas alvas)
trabalha a Estrela d’alva
e o branco agora é brilho!

e ouve-se um estribilho:

Asas de borboletas
ruflando, outrora pretas,
trazem mil coloridos
ao dia que desperta.

e tudo é luz e cor...

Pela janela aberta
pousando em nossas íris,
roubando, do arco-íris,
um vermelho de amor...

e ouvem-se mais canções:

São borboletas, grilos;
são sapos, gaviões,
que outrora eram só cores,
e agora... corações...

Um comentário:

  1. Que outrora eram só cores,
    e agora... é coração.

    Sentir! viver.

    delírios e delírios, imagens e mais imagens.
    por quê? não sei. A espera.
    talvez loucura.

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