quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Carolina


Os dias passam lentos, solitários;
E o sol parece ter a mesma idade
Enquanto palpa-a, palpa-me esta tarde
no mesmo mundo... e no mesmo horário...

Faço-a existir mesmo à anonimidade
e existo, enfim, num júbilo diário:
posso lhe ser amigo imaginário;
talvez, e mesmo oculto, uma saudade...

E toda noite quando a densa bruma
desenha-se por toda minha retina
resolvo de encontrá-la, Carolina!

Juntam-se, nos meus olhos, uma a uma,
num show de supernovas, mil estrelas!
E a noite é mais brilhante só por vê-la...

domingo, 18 de setembro de 2011

Da Vaziez Adulta


Toma, à memória, a estrada pueril;
da planta o oxigênio, o verde, o fúcsia.
Faz desejar nuns sonhos de pelúcia
que o ano seja aquele, aquele abril...

Refaze agora todo este percurso:
toma, à memória, a estrada pueril!...
Tal como revolvesses dum funil
traze ao peito de novo aquele urso...

Abraça-o, como sotrancasses tudo:
tivesses sonhos vastos e felpudos
que volitassem para teu agora.

Sente nas mãos esta pelugem fina!
Relembra-te o teu tempo de menina,
e pra adultícia oca volta... e chora...