terça-feira, 2 de junho de 2009

Guerra; Paz

 
A guerra do meu ser então poeta
é ter a paz, senão obra completa
mesmo com verso vil que foi vertido
nos sons rasos do obus então subido
que ao cair na folha explode a verve
e toma o anonimato que não serve
àquela guerra que me foi imbuída
ao ter-me sabido só, um cavaleiro...

Primeiro e bem ferido, pois, melhor
que o vilão que verseja o lisonjeiro
sempre me procurado em toda vida
e ao guerrear por minha paz já tida
bolino a guerra que se faz pior...

E a inspiração se posta por algures
quando em frente à guerra posta o vilão
na estrofe garrida sob abajures
que brilham um emanar; decepção...

É quando o cavaleiro melancólico
bruxuleia incessante sua lira
não há, pois, anonimato que o fira
quando os seus versos saem diabólicos

N'outrem su'obra punge mais e mais
é quando a guerra acaba, e temos paz.

2 comentários:

  1. bonito!

    beijos, querido e bom fim de semana

    MM.

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  2. É um prazer vê-la aqui, Arqueira!
    Sei que é muita gente a se ler (meio que fico na mesma situação)...
    ...mas é importante sua presença, querida!
    Um beijo grande! E uma fina flor, do poeta!

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