sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Reunidos e eqüidistantes


É na lua
que sinto o toque
da tua existência.

Reflete-me a concomitância.
E por que não, tua essência?

Alumio-me dum sonho, contigo!
Faço-o engrenagem do porvir.
Tão tátil como o toque airoso
do seu ser em meu espírito.

Faço da alma uma pelugem de luz
que se emaranha por entre a tua.
Os céus inflamam de inveja desta criação:
haver-se-á luz!...
Como jamais houve!

Faço ter-me amoriscado
sem ter mesmo enamorado!
E indo, vou--
“- Vou ter contigo!”
Diz-me a lua.
Codificando sua rutilante presença
em amor lídimo.

Volto a fitar a lua,
sobre a pedra que sustenta meu corpo.
Volto a finar à lua,
o insólito voo de minh’alma.
E cá, presciente e sentado,
inda reflito nua
tu’alma
[nossa alma...
A reluzir, tautócrona.

Um comentário:

  1. Grande amigo, bela postagem, que a lua brilhe para ti, como faz pra mim.E que lhe responda onde encontrar esta essência que mesmo sem saber se sente, e mesmo sem saber como encontrar, encontramos.

    É amigo, tem olhos mais rápido que lebres, es pescador profissional...rsrsrs

    Grande abraço.

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