sábado, 16 de janeiro de 2010

O Galho


O galho não é mais tão esponjoso.
Suas folhas vão caindo; caindo vão.
E o solo viça, em mato, seu perdão
Espalhando-se em barro pegajoso.

O galho quebra e um baque estrondoso
caminha pelas seivas, pelo vão
entre a casca e a falta de verão
como teu coração floral, queimoso.

E os gravetos tão já horrorizados
clamam a Deus, a glória, a sorte, a vida
por uma raiz amadurecida.

Na qual se podem béis e acomodados
como se acomodou o galho à morte
e à Fonte se voltou florido e forte!

Um comentário:

  1. Visite também o meu outro blog Degrau Cultural.
    www.degraucultural.blogspot.com
    Beijos.

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