Não vi a velhice chegar!
Não a vi espreitando
na decepção que se fez forte;
no desamor que pareceu morte
num coração amando
e logo deixando de amar...
Não vi a velhice chegar!
Não a vi no branquejo
dos meus cabelos
porque o único espelho
era o branco desejo
de não tropeçar...
Não vi a velhice chegar!
A velhice d'alma!
Hoje sinto esta descalma
me imbuir fortemente,
e eu triste, tristemente,
torno grisalhos os sonhos
e negra a realidade:
A velhice d'alma chegou!
E nos sonhos envelhecidos;
e naquelas memórias vis,
a realidade se fez nada;
a existência se fez laxa;
e o novo que eu quis
inda não desabrochou.
E não desabrochará
enquanto de espinhos
a flor for demasiadamente cheia;
a essência, de mente reprimida,
ainda que erroneamente repleta!...
A velhice chegou
e esta alma de poeta,
se revelando, bramou:
- Quando fui ouvida,
fiz dos teus sonhos,
meus versos:
novo universo
onde as quimeras
são reais
e a realidade
o maior sonho já vivido!
Há um selo p/ você em meu blog!...
ResponderExcluirEstá com o link do site, esses novatos... rs!...
Abraços!=)