quarta-feira, 10 de março de 2010

O Poema

Quem dera, ter na vida, escrito fácil
O poema mais vivo, mais marcante
Vestido em smoking rútilo e grácil
Na passarela, em estofa exuberante!

Quem dera, as minhas mãos, na Flor do Lácio
Dedilhando Bilac, inebriante...
Quem dera, uma vez só, não ser pascácio
Colecionando pua - um coadjuvante!...

Quem dera o metro, a poesia exímia;
e fazer do meu nome metonímia
nas classes que se gozam do lirismo!

Quem dera-me poeta! E sem algema!
Co'alma nos dedos: divino poema
por vosso globo produzindo sismos!

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