segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Ser Que Um Dia Fui

O ser que um dia eu fui vagava nos ladrilhos
do fracasso, este chão calcado em pensamento.
Ora me questionava: “Que impele tormentos?”
Olvidaria, entanto, em preces de andarilho...

Passando pelo mundo alheio ao sentimento
deixando só o lamento azar o meu desbrilho...
Até que um dia pai, que em outro já foi filho,
fui, na forte impressão dum sublime momento!...

E enfim estar calcando o chão nunca sentido –
A Terra como é – no tempo prometido:
A paz e a aventurança – o Agora, o início e o fim.

Andei de encontro a vida e a acomodei nos braços
chorando, e ao vir o sol eu vi que neste laço
a sombra do que fui não mais viver de mim...

Um comentário:

  1. Nossa, cores novas trouxeste e fazias falta, onde andavas menino? Não nos deixe sem a poesia não! rsrs

    "E enfim estar calcando o chão nunca sentido –
    A Terra como é – no tempo prometido:
    A paz e a aventurança – o Agora, o início e o fim."

    Maravilha!

    Abraços,
    Tânia

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