Talvez, quando eu morrer, tão condizente
este poema, quando lerdes, seja
com tudo que um poeta se deseja:
trazer de volta à vida a sua mente...
Que ainda morto, e falto, e ineloquente
inda possa dizer do que pragueja;
inda possa viver, pois, sem peleja
com que se achou viver quando presente...
Então me vou! Morrer! Ficar ausente
porque se a vida é mesmo este presente
que dizem “Deus nos deu”, já não apraz...
E deixo que conteis quando me for:
se ausente sempre estive para o amor
morto ou vivo estivesse, tanto faz!...
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