terça-feira, 29 de junho de 2010

A Morte da Língua

Dos poemas, fugiram suas funções
E nada lhes restou, nem pleonasmo!
Duma abundância de aliterações
Os versos caminharam pro marasmo...

Fugiram, dos poemas, intenções!
Afugentadas de um acre sarcasmo!
Assassinaram versos – corações
Roubando da leitura o entusiasmo!

Não há mais poesia! Há nada, há luto
nem pra contar história o anacoluto
sobreviveu pra dar fluidez sintática.

Chorando do epitáfio do lirismo
leu-se, em gotas de orvalho, um eufemismo:
"Aqui descansa a língua da gramática."

Um comentário:

  1. Demais, cara!!
    Adorei!
    Parabéns.

    OBS.: Com gente como você a língua num morre não...
    Espero.

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