segunda-feira, 5 de julho de 2010

Desejo de Sono

Os dias vão passando
céleres e esguios...
As dores, todas elas, acompanham.
O tempo não completa mais o vazio.
Nem o vazio, completa o vazio.
As articulações apanham
do frio se agigantando...

A Morte parece estar logo à frente
e em cada Noite se me deita
fazendo companhia às ilusões –
há muito olvidadas,
mas que ultimamente
revivo-as, mais do que o instante;
mais do que a mente –
ocupando a vaga vazia
ao lado esquerdo do peito...

Mais uma noite, insone.
Doído, procuro a aventurança
mas os horizontes são cúpreos;
meus olhos depressivos os fitam
e através da janela
tentam tangê-los,
mas logo se fecham,
para chegada do sono.

Sem perceber mais dores ou decepções
estico meu braço ao lado.
A morte me esquenta; me consome
e finalmente durmo
com um último abraço de amor...

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