Um pouco de ti
eu era doce,
Um muito, salgado.
Um nada de ti
insípido. No tudo:
sabores
dum trago de amores!...
Minha língua
a mais agridoce que já tive,
ainda te lambisca,
ainda te escreve,
e teu gosto sempre ocorre:
da boca corre;
na mão escorre,
e pra folha vive...
É de uma leveza, é tão natural tudo que você escreve...
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