quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Das Dores Que Bailam

Uma mulata! É como adentro sinto:
as dores vão sambando pelo corpo
e quando param de dançar pressinto
que no próximo mês estarei morto...

O samba vai tocando e então absorto
esqueço até da dor, (será que minto?)
Mas volta a ressoar um bumbo torto
que já volta a apagar com vinho tinto!

O álcool no salão embaça a dama
e as dores somem, mas acabo imundo,
Embriagado e sujo em minha cama...

— Quem tanta dor aguenta? Como pode?
Nem isto importa quando ouço lá fundo
setenta mil bandinhas de pagode...

Um comentário:

Por favor, viaje comigo.