Deitado nesta cama de doentes
um medo me resvala impetuoso.
Quisera eu ser de um mundo mais ditoso,
Pacífico, impoluto e quiescente!
Agora, em meio a tanto entorpecente,
profiro um credo, um rogo desejoso
de quando, como agora, desgostoso
sombrio eu era, ainda adolescente:
"– Venha buscar-me, ó Morte! Venha logo!"
Um choramingo eu ouço quando a rogo
deitado no meu leito, exausto e laxo.
Empunha um bisturi, começa o corte:
numa explosão de brilhos sinto a morte,
como gota escorrendo foice abaixo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, viaje comigo.