Fiquemos sós, querida.
Eu menos tu. Só de ti, só de nós.
Fiquemos livres, vivos! Fiquemos contidos nas nossas almas.
Deixemos que o corpo – templo da ignorância e da farta burriquice – aprenda, sozinho, como se morto inda existisse.
Fiquemos soltos e alados;
sossegados, perdidos ao hálito do vento,
que um torvelinho, no templo, se nos lembrará.
Fiquemos sós, querida.
E num próximo encontro, menos terno
o gozo que teu corpo me herdas,
num gemido silente, terás por eterno.
Nossas almas, completas de nós, serão a Natureza.
E do corpo, a torvelinhos, se ouvirão os uivos, se ficarmos sós.
Fiquemos sós, querida.
Para sempre.
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