terça-feira, 15 de março de 2011

Da Dor

A dor é alarido de minh’alma
chamando a mente a animação do corpo.
Chamando aquele eu representado
nos monstros que me acordam de repente
e com suas garras, mil momices, dentes,
fazem medrar a morte em cada instante.

A dor é outro eu, mais dominante,
a revolta do ar contra o que inspira:
desfraldado na mente adentro a testa,
uma enxaqueca d’alma, o triste em festa,
é exacerbação desafinada
da mais suave e temerosa lira
ouvida por um lídimo Pierrô.

A dor é outro Osvaldo e eu, sou nada,
mas nada que me fira é mesmo dor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, viaje comigo.