quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Acaso

Uma poeira presa
à quina da parede.
Passeia distraído
um cachorro ao seu lado.

O acaso é este cachorro
de poeira se enchendo.
É a transformação
de um destino ocorrendo.

Modifica-o com o tempo,
e o tira a origem, cor,
é o que o acaso faz!
(pro estímulo ou langor)

A poeira – o destino;
Nasceu sem liberdade!
O acaso torna fado
outras mil realidades.

E se eu fosse liberto
veria os seus sinais
sutis, que modificam
a minha vida inteira?

Não sei. Sou desligado
ao que vem na dianteira.
Não nasci pra cachorro,
mas sei: serei poeira...

Um comentário:

Por favor, viaje comigo.